sexta-feira, junho 14, 2002

OLHAR


Visão
Onírica
Coalizão
Empírica

Minha sorte
Meu rumo
Meu norte
Meu prumo
Queria colocar
De tanto amar
O mundo inteiro
Todinho aos pés
De minha amada
Cadê o mundo?
Sumiu o mundo.
O mundo é nada.
Não sei se é
o brilho da estrela
que reflete na lágrima
ou se é o brilho da lágrima
que reflete a estrela.
Mas há brilho sutil.
A Lágrima sutil.
A Estrela sutil.
Também é sutil o reflexo.
Sutil e desconexo.
Desvanece o sentido.
Não há coração e nem cupido.
Peito rasgado, traído.
O pano da noite amordaça
a minha desgraça.
Não há grito,
não há luz,
nada mais seduz,
não há vento,
não há sequer um lamento.
A dor que dói é aqui dentro.
Não a ponho fora.
Apenas peço
Que me deixe agora
Ir-me embora.
Que me é chegada a hora.
No tempo desta partida
É um tempo sem despedida.
Apenas note que nestes olhos
Neste semblante que me conduz
Não brilhará jamais a mesma luz.

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