sexta-feira, junho 14, 2002

ADEUS, VERDES MONTES DA MINHA INFÂNCIA!



a noite flui e a vida esvai
por entre dedos passam minutos
muitos meses, tantos anos
mil e ledos desenganos
as visões, as falsas previsões
tudo encantou e tudo falhou
um dia apenas a nascer
uma época de crescer
a era do não viver
não há como falecer
impossível morrer assim
tantos planos embrulhados
amarfanhados sob o braço
meus projetos abortados
tantos outros sempre adiados
o ceticismo da mulher bonita
que em meu amor jamais acredita
caminho para um fim nunca acaba
o dia não chega impaciente espera
o minuto seguinte sempre acontece
mas não se realiza
por não haver como fazer
e então, no momento o que há para mim
é apenas aguardar
o derradeiro
e libertador
expirar.

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