sexta-feira, junho 14, 2002

Engano

Teus poemas tão lindos
pensava serem só prá mim
só meus, teus pensamentos
eu sempre pensava assim.

A luz difusa da manhã
revela uma verdade malsã
perderam o brilho seus olhos
se brilham, são para outros

há agora uma estrada a seguir
por aí afora um caminho prá ir
prá onde ele vai, ninguém sabe
talvez, para a tal felicidade.

Hoje o imperio da tristeza
impede o sorriso mais franco
exerce prepotente realeza
por vezes provoca meu pranto.

o meu mais terrível engano
a minha mais linda visão
teus olhos me adorando
e sequestrando o meu coração.


LEMBRANÇAS

Quanto que o vento castiga
aquele velho salgueiro!
Como canta o sabiá
na folha daquele coqueiro!
Como a brisa corre solta
dobrando todo o capim
como dói esta saudade
com você longe de mim!
A água que cai da bica
em meandros toda indica
o caminho para o rio
que corre em desafio
e desemboca no mar.

A Natureza sabida
pôs você em minha vida
para depois me roubar.
Mas por mais que ela insista
e afaste você de mim
vou reagir sempre assim
e a cada vez mais vou lhe amar!

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